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PELAS LENTES DE J.R. DURAN

  • Flavia Torres
  • 3 de jan. de 2017
  • 12 min de leitura

conteúdo elaborado para revista Academia e Esportes

por Flavia Torres

Uma visita minuciosa a uma banca de jornal pode revelar muito mais que belas capas de revista. Se procurarmos o nome do fotografo da maioria delas a probabilidade de chegarmos a J.R. Duran é enorme. Dominando a arte de tirar a essência e a emoção de uma cena e eternizá-la, ele é um dos fotógrafos mais aclamados da moda brasileira. Reconhecido por fazer nus de celebridades, também seduz com fotos publicitárias.

O fotógrafo nasceu em 1952, na cidade de Barcelona, na Espanha, e veio para o Brasil com seus pais em 1970. Faz fotos de moda para as principais revistas do país. No início da década de 90, morou cinco anos nos estados Unidos, onde fez trabalhos para as principais revistas de moda do mundo como a Harper’s Bazar, Glamour, Elle , Vogue, Madame Figaro, Tatler e Mademoiselle. Duran escolheu sua profissão quando ainda morava na Espanha, se inspirou num primo que era fotógrafo. Achou que deveria fazer alguma coisa como aquela, queria ter a capacidade de estar em qualquer lugar e satisfazer sua curiosidade. Começou a batalhar no Brasil como assistente em um estúdio fotográfico. Depois conseguiu trabalhos na Editora Abril e de lá para cá foi só sucesso.

Conhecido como o fotógrafo da Playboy, já clicou nus das mulheres mais desejadas do Brasil como a Feiticeira, Tiazinha, Sheila Carvalho, Maitê Proença, Luma de Oliveira e muitas outras. Na moda já fotografou tops internacionais de primeira linha como Gisele Bundüchen, Cindy Crawnford e Naomi Campbell.

Avesso a falar da vida pessoal, Duran gosta de aventuras para quebrar a rotina. Um exemplo disso foi a participação como piloto do Rally dos Sertões do ano passado e o ensaio que fez da Guerra de Angola. Academia Esportes conversou com ele no final de mais um desses dias exaustivos de sua rotina de trabalho. Veja a entrevista:

AE – Qual a sua definição de fotografia?

J.R. Duran – É bem simples, fotografia significa luz e grafia é saber escrever com a luz. É uma coisa muito ampla, assim como a caligrafia tem estilos diferentes a foto também tem.

AE – Que tipo de fotografia você mais gosta de fazer?

J.R. Duran – A publicidade, o nu e a moda são três maneiras de aplicar a minha fotografia. Mas, no fundo, eu sou a mesma pessoa e os meus olhos são sempre os mesmos. Eu sempre tento fazer com que o universo que eu fotografo chegue perto das pessoas. Mais do que pessoas eu gosto de fotografar emoções e desejos, podem se eróticos ou de consumo.

AE – Você se interessa por algum estilo de fotografia que nunca tenha feito?

J.R. Duran – Sim. Há pouco tempo fotografei uma campanha publicitária do lançamento de um hotel, e as fotos eram só com objetos. A agência me procurou pois queriam uma visão diferente, isso para mim foi um desafio. Em outro momento, um fabricante de cigarros me convidou para fotografar um raffitng pelo Grand Canion, nos Estados Unidos. Não me interessou o raffiting, mas sim o desafio de como eu sairia fazendo isso, no final saiu um livro.

AE – Como aconteceu a moda para você?

J.R. Duran - Eu sempre gostei de fotografar gente, então a moda foi uma conseqüência natural desde o começo de minha carreira. Eu sempre gostei desse universo, mesmo na época em que a moda não era tão profissionalizada como hoje. Sempre me fascinou o mundo feminino e essa coisa de fotografar pessoas e situações. Não há nada melhor do que ter seis páginas para se criar imagens.

AE – O que é fotografia de moda, na sua opinião?

J.R. Duran – É um momento mágico e único. Existem milhares de fotos e imagens, você tem de prender o leitor de algum jeito. Não é uma coisa que se chama atenção fazendo estardalhaço. Mas tem que ter alguma coisa a mais. Quando você faz oito páginas para a revista, tem o trabalho de produtores maquiadores que botaram todo o talento em sua mão para que seja produzida uma imagem interessante.

AE – Quem são as modelos que você mais gosta de trabalhar?

J.R. Duran – As modelos que me fazem dar risada. Eu prefiro não falar, porque eu vou esquecer de alguém. E as vezes tem pessoas que acham que fizemos belos trabalhos, e não foi.

AE – Você acha que o Brasil já consegue se destacar como criador de imagem de moda?

J.R. Duran – Eu não sei se consegue se destacar, mas eu sei que já está se manifestando. Existe uma coisa que é muito poderosa: o eixo Paris – Nova York. Quando eu morava em Nova York, ninguém sabia de onde eu tinha vindo, hoje em dia elas não se surpreenderiam pois já existe alguma coisa sendo feita em relação a moda brasileira. Na época, as pessoas não tinham idéia do que acontecia no mercado brasileiro. Hoje com a São Paulo Fashion Week, com um calendário definido e com a repercussão da Gisele Bindchen as coisas começaram acontecer. Isso é um primeiro passo, daqui a uns cinco anos isso vai acontecer de maneira mais estrondosa. Hoje somos reconhecidos e existimos no mundo da moda. A fotografia acompanha esse processo.

AE – Quais os fotógrafos que você admira?

J.R. Duran – Robert Kapa, um famoso fotografo que cobriu a Segunda Guerra Mundial e morreu no Vietnã, Richard Avedon, fotógrafo de moda que também esteve no Vietnã e Annie Libowits, esteve em Sarajevo na Guerra da Bósnia. Esses três fotografam as pessoas e entendem a vida. Eles me interessam pelo trabalho que fizeram e pela vida que levaram, como pensam e agiam. Eles viam a vida de perto, ao mesmo tempo que faziam fotos comerciais como de moda, não deixaram de estar atentos aos acontecimentos do mundo como as guerras.

AE – Como é o mercado de fotografia no Brasil?

J.R. Duran – Tudo é difícil para quem começa. Eu acho que o Brasil é dos três ou quatro países do mundo melhor em publicidade. Automaticamente a fotografia vai junto com isso, existe a demanda que é atendida por uma série de fotógrafos. Na moda hoje as modelos se internacionalizaram, existe um bussiness por trás disso. As pessoas são mais profissionais. Existe um mercado onde os bons fotógrafos trabalham e se atualizam para não perder campo.

AE – Quais as personalidades que já fotografou?

J.R. Duran – Eu fico com muita vergonha. É meio estranho. O importante para o fotógrafo não é quem ele fotografou e sim como saiu a foto. Eu posso ter feiro de anônimos que ficam boas, e de celebridades que não são tão boas quanto deveriam ser. As fotos das celebridades são muito perigosas, só porque é uma foto de um famoso não quer dizer que seja boa. A foto tem que ser boa independente da pessoa. Isso é um duplo desafio que me interessa muito. Numa personalidade tenho que dar o meu plus e ter cumplicidade que é fundamental para se poder criar outra coisa além da imagem que todo mundo tem. Isso é um jogo que eu faço com muito prazer.

AE – Para onde está caminhando a fotografia hoje?

J.R. Duran – Hoje tudo é possível na fotografia, eu ouso fazer coisas diferentes, pode ficar legal ou não. Não existe mais uma maneira pré determinada de fazer fotografia. Eu acho que a foto digital facilita a vida do fotógrafo, mas eu ainda vou demorar um tempo para usá-la. Eu já fotografei várias vezes com câmara digital e não tem diferença para o fotógrafo, a diferença é que existem uma tecnologia a ser dominada. O olhar do fotógrafo tem que ser o mesmo seja digital seja a tradicional. Mas ainda é um processo que falta um pouco mais para as coisas que eu faço, e também o não há custo benefício.

AE – O que você acha mais difícil no processo de fotografar?

J.R. Duran – A parte antes do clicar é a mais desgastante e intensa, pois o mais difícil é saber o que se vai fazer. Quando eu entro no estúdio eu tenho que saber o que vou fazer, talvez eu mude tudo, mas eu tenho que saber qual o ponto de partida. Fazer a foto não é tão complicado assim o difícil é você programar e planejar e conseguir saber o que você vai fazer antes de fazer. Todo mundo pensa que o fotógrafo é aquele cara que chega e faz as coisas na hora. Isso não é tão simples assim. Eu tenho prazos , tenho clientes, tenho pessoas, tenho expectativas, tem todo um processo de trabalho em que sou bastante rigoroso com o prazos.

AE – Você esteve do outro lado das lentes fazendo um comercial de um automóvel para TV. Como foi?

J.R. Duran – Não tem comparação, é diferente. Eu não me senti bem e nem me senti mal. Foram três dias de filmagem, duas horas por dia, para sair um comercial de 30 segundos. É muito diferente de estar atrás da câmaras. Eu vi aquele monte de gente trabalhando, tendo preocupações que eu sempre tenho, mas naquele dia eu não tinha que ter. Eu pensei que eu não tenho que me preocupar. Talvez pelo fato de eu lidar com isso todo dia, isso não foi tão radical para mim. É interessante saber que eu fui escolhido para vender um produto, a parte que me surpreendeu mais foi ser escolhido para vender um produto, as pessoas acharam que meu nome poderia vender um carro. Isso está baseado em anos e anos de trabalho, Eu não sou um cara público, não apareço em todos os lugares. Independente de ser pago ou não a minha satisfação foi saber que sou um ponto de referencia, isso é um reconhecimento.

AE – Você se considera um homem vaidoso?

J.R. Duran – Não. Eu acho que vaidade depende da necessidade da pessoa. Um banqueiro tem que ter uma coleção de gravatas, cada um tem seu código. Para mim não é prático andar de gravatas. Se eu tivesse uma coleção de gravatas e não usasse isso seria uma vaidade. Durante muitos anos eu me vesti de camiseta branca e jeans preto, porque era a coisa mais confortável.

AE – Como é seu dia-a-dia?

J.R. Duran – Eu sempre começo trabalhar por vota das oito horas da manhã, trabalho cerca de 12 horas por dia, entre fotos, reuniões e tomada de decisões. O meu trabalho não é só fotografar, tenho que acertar as foto, fazer reuniões com minha equipe. Procuro contrabalançar essa rotina com atividades como viagens fotográficas.

AE – Tem algum cuidado com alimentação?

J.R. Duran – Eu como tudo que eu quero mas não faço bobagens. Eu não quero ficar escravo do meu corpo, ele é que tem que ser escravo de mim.

AE – Você faz algum esporte?

J.R. Duran – Não faço muito. Ando na esteira umas três vezes por semana.

AE – Qual o padrão de mulher que você admira?

J.R. Duran – Eu admiro mulheres que me fazem dar risada. Já pensou como seria chato ter ao seu lado uma pessoa que não te faz dar risada. Isso não quer dizer que uma pessoa que me faça dar risada, faça ao cara que está do meu lado rir.

AE – O que é mais importante numa modelo: beleza ou atitude?

J.R. Duran – Com certeza é a atitude. A beleza não existe. Uma pessoa pode ser bonita para um ou vulgar para outro, magra ou gorda demais. A atitude é o que fascina as pessoas. Atitude não é falar alto, falar palavrão ou cuspir no chão, a pessoa tem uma presença que todos notam. Isso é mais importante que beleza.

AE – Qual o seu segredo para captar a essência de uma pessoa na foto?

J.R. Duran – Acho que o segredo é não ter segredo nenhum. Eu sou direto com as pessoas, tem alguns fotógrafos que não contam o que eles querem para as mulheres. Eu conto logo na hora o que quero fazer e quero saber o que a pessoa acha, combinamos e dá tudo certo. Tem pessoas que misturam a fotografia com a sedução e acham que com as palavras vão conseguir que as pessoas façam coisas.

AE – Você tem projetos e sonhos não realizados?

J.R. Duran - Eu fico fabricando sonhos, o sonho não acaba nunca. Eu não quero ficar falando de projetos, porque obviamente todo mundo acha que tem que ter projetos. Durante dez anos eu falei sobre o meu livro e agora eu estou perto de conseguir. Chegou uma hora em que eu não falava mais sobre livro. Tenho um monte de projetos que vão acontecer, mas eu não vou ficar repetindo. Cada dia eu acho que eu começo tudo de novo. Hoje eu tenho um conhecimento que eu sei que daqui a cinco anos não vai ser nada, mas que é mais que antigamente, é como se eu fosse um computador com mais memórias, que pode fazer mais coisas. Quero fazer outro livro de fotos e fazer um só de texto. Quero ganhar muito mais, e ter mais inspiração. Talvez eu faça um projeto para fotografar um curta metragem, mas primeiro preciso terminar meu livro para lançá-lo este ano. É um livro de fotos baseado nos meu olhos, no que eu tenho visto. Tem muitas pessoas famosas, outras desconhecidas, viagens, senhores, senhoras, moda , um pouco de tudo. São cerca de 250 páginas, é um trabalho bastante intenso e elaborado.

AE – Como você concilia a sua vida pessoal com o trabalho?

J.R. Duran – Minha vida pessoal não tem nada a ver com o trabalho. Não vou responder nada sobre a minha vida pessoal. Eu te conto uma porção de coisas que eu não contei para ninguém, mas tem coisas que eu não contei para ninguém que eu continuo não contando.

AE – Como foi fazer um ensaio sobre a guerra em Angola?

J.R. Duran – Passei dez dias em Angola fotografando a guerra. Fui para o Kenia fazer um ensaio. Eu não consigo ficar longe da fotografia ou da câmara, antigamente eu saia de férias e continuava fotografando ficava chato. Então resolvi misturar as férias, com a aventura e com a câmara. Eu tenho um amigo que tem um escritório em Angola. Ele me convidou eu fui lá e fiquei dez dias fotografando. Eu fotografei tudo. Angola é um país que está em guerra civil há 30 anos. Num dia um cara estava com um helicóptero e duvidou que eu ia pilotar, eu pilotei. Eu nunca tinha feito fotos de guerra, e por isso que fui. Eu voltei inteiro, foi uma boa experiência. É um país que se esfarela, onde as pessoas perdem pés mãos com minas terrestres e bombas.

AE – Você ficou chocado com o que viu?

J.R. Duran - Eu acho que o mundo de lá não é diferente do daqui. Aqui a guerra é escondida. Lá eu tinha que andar com dois guarda-costas armados com metralhadoras e granadas, pois era um lugar perigoso. Os brancos sempre se aproveitaram dos negros na África e as pessoas não ficam muito contentes de me ver lá no meio. O programa Cidade Alerta, pega em Ruanda às 23h30. E teve uma noite que eu estava assistindo e vimos uma história de uma repórter que tinha sido seqüestrada numa subida da Polícia Militar num morro de favela. No dia seguinte, o meu guarda-costas comentou que ao ver aquilo desistiu de tirar férias para o Brasil. Se eu tivesse viajado como turista talvez tivesse ficado impressionado. Mas quando você viaja com uma câmara fotográfica você fica ligado em tudo.

AE – Você gosta de aventuras para desestressar?

J.R. Duran – Eu gosto de fazer coisas que nunca fiz. Eu aprendi a pilotar helicóptero por causa disso. Passei uma ano fazendo curso de pilotagem de helicóptero. E depois parei. Tudo que eu faço tem um certo tempo. São coisas que me dão curiosidade e me servem para quebra o dia-a-dia , que é um tanto quanto exaustivo. Eu gosto de aventura, menos as coisas estranhas como rapel ou bang jump. Um ano eu fui para a Namíbia, um país onde predominam os desertos, e fiz um safári aéreo num local chamado Costa dos Esqueletos. No anos passado, pilotei no Rally dos Sertões, pela Mitsubish. Fui de São Paulo Fortaleza, com um amigo fazendo a navegação. Provavelmente vou pilotar esse ano, mais ainda estou definindo isso. Eu achei uma experiência excelente. Eu nunca tinha pilotado em Rallys. Foi muito bom para conhecer o que realmente é o Brasil passei por São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Maranhão Piauí e Ceará, só que foi pela porta dos fundos e vi que não sabe direito o que é nosso País.

AE – Você tem um estúdio em São Paulo, fica muito nele?

J.R. Duran – Na década de 80, quando eu estava no Brasil eu também tinha um estúdio. Em Nova Iorque lá não havia a necessidade de estúdio, pois o sistema de trabalho é diferente. Aqui no Brasil, as pessoas têm estúdio pois o esquema exige, aqui não há sistema de locações como nos Estado Unidos. Quando voltei para o Brasil, já achei que podia trabalhar no sistema americano, mas percebi que não, que cada lugar tem uma maneira de fazer as coisas. E acabei montando o meu atual estúdio. Eu quis fazer um estúdio onde eu pudesse trabalhar e criar. Encaro como um desafio o fato de fazer coisas diferentes. Para isso é preciso ter uma certa calma. Para mim é muito importante o lugar onde estou. A primeira coisa que eu imaginei foi a minha sala. Quando eu sento aqui eu posso resolver de forma mais tranquila e criativa, eu só preciso sentar e poder olhar para uma parede e ter a revelação.

AE – Você se interessa por política?

J.R. Duran – A política me fascina muito, isso não que dizer que me interesse. Mas eu acho que as pessoas devem ter uma consciência política. Mesmo porque o mundo está cada vez mais globalizado, as pessoas precisam entender o que está acontecendo. Antigamente as pessoas só precisavam saber o que acontecia na sua casa no vizinho e na rua. Hoje em dia você tem que saber tudo o que acontece no mundo. A política me fascina pela arte das pessoas, muitas vezes é mal aplicada. Mas é uma arte estranha que eu não sei praticar.

AE – Você gosta de futebol?

J.R. Duran – Não. Eu acho muito chato assistir. O único esporte que eu assisto é a Fórmula 1, pois acho interessante, temos sistema de câmaras nos carros que dão uma sensação visualmente mais interessante. O resto é absolutamente irritante. Qualquer tipo de esporte é importante você fazer ele e não ficar assistindo os caras de longe.

AE – Você gosta de ler? O que está lendo agora?

J.R. Druran – Eu gosto de ler muito. Neste momento estou lendo vários livros ao mesmo tempo, como sempre faço. Estou lendo um livro sobre um pintor suíço chamado Balthus; um ensaio de um filme americano chamado The Wild Bunch, dirigido por Sam Peckinpah, famoso por fazer cenas com pessoas morrendo em câmara lenta; The Cold Six Tousand, uma novela do americano James Ellroy; Jay’s Journal of Anomalies escrito por um mágico e ator americano chamado Ricky Jay, contando coisas curiosas que aconteceram nos anos 30 em magia. Leio tudo em inglês, que é uma maneira em manter a minha fluência na língua. Eu tenho momentos para cada um desses livros, A noite eu leio um tipo de livro e de manhã outro estilo. Gosto de ler assuntos variados, que me fascinam.

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